Supremo oficializa
absolvição de 12 no processo do mensalão
O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou nesta
sexta-feira (3) a absolvição de 12 acusados durante o julgamento do processo do
mensalão no segundo semestre do ano passado.
No
andamento do processo no site do Supremo, consta que, como o Ministério Público
não recorreu dentro do prazo, que terminou na quinta (2), houve “trânsito em
julgado” da ação para os 12. Isso quer dizer que não cabem mais recursos do
Ministério Público e todos estão oficialmente absolvidos. A partir de agora, o
processo terminou para esses réus.
Na semana
passada, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, havia afirmado que,
embora não concordasse com as absolvições, não recorreria. Na interpretação dele, os
embargos de declaração (tipo de recurso que o MP poderia usar na atual etapa do
processo) não serviriam para modificar a decisão tomada pelo tribunal.
Com o
trânsito em julgado, estão absolvidos os seguintes réus:
- o
ex-ministro dos Transportes Anderson
Adauto;
- a ex-funcionária de Marcos Valério Geiza Dias;
- a ex-assessora parlamentar Anita Leocádia;
- o ex-assessor do PL Antônio Lamas;
- a ex-vice-presidente do Banco Rural Ayanna Tenório;
- o publicitário Duda Mendonça e a sócia dele, Zilmar Fernandes;
- o ex-chefe de gabinete do Ministério dos Transportes José Luiz Alves;
- o ex-ministro da Secretaria de Comunicação Luiz Gushiken;
- e os ex-deputados Paulo Rocha (PT-PA), Professor Luizinho (PT-SP) e João Magno (PT-MG) .
- a ex-funcionária de Marcos Valério Geiza Dias;
- a ex-assessora parlamentar Anita Leocádia;
- o ex-assessor do PL Antônio Lamas;
- a ex-vice-presidente do Banco Rural Ayanna Tenório;
- o publicitário Duda Mendonça e a sócia dele, Zilmar Fernandes;
- o ex-chefe de gabinete do Ministério dos Transportes José Luiz Alves;
- o ex-ministro da Secretaria de Comunicação Luiz Gushiken;
- e os ex-deputados Paulo Rocha (PT-PA), Professor Luizinho (PT-SP) e João Magno (PT-MG) .
Além de o
MP não ter recorrido das absolvições, nenhum dos 12 absolvidos questionou o
acórdão, documento que resumiu as decisões tomadas pelo STF.
Dentre os
condenados, todos os 25 recorreram para pedir penas menores, solicitar
republicação do acórdão e a mudança de relator. Os defensores de parte desses
réus argumentam que, como Joaquim Barbosa assumiu a presidência do Supremo
Tribunal Federal (STF), deve deixar a relatoria. O ministro Ricardo Lewandowski
disse na noite desta quinta que a decisão sobre uma eventual mudança de relator
deverá ser tomada pelo plenário.
Após 53
sessões em quatro meses e meio, o STF concluiu no dia 17 de dezembro de 2012 o
julgamento do processo.
O
tribunal concluiu que existiu um esquema de compra de votos no Congresso durante
os primeiros anos do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os
ministros do STF viram desvio de dinheiro público, de contratos da Câmara dos
Deputados e do Banco do Brasil, para abastecer o esquema criminoso.
A
confirmação das absolvições deve levar ao desbloqueio de bens do publicitário
Duda Mendonça e de Zilmar Fernandes.
Eles
pediram em janeiro a liberação dos recursos, mas o procurador-geral da
República, Roberto Gurgel, pediu para que se aguardasse o trânsito em julgado, e o
Supremo concordou. A defesa deve enviar agora um novo
pedido de desbloqueio.
O
sequestro dos bens de Duda e Zilmar foi decretado em 2006 pelo relator da ação
penal, ministro Joaquim Barbosa. À época, o atual presidente do STF atendeu a
um pedido do Ministério Público Federal (MPF), que queria assegurar o pagamento
de uma suposta dívida de R$ 30 milhões em impostos.
(Fonte:
G1)
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