Nesta
segunda-feira (2), o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
Antônio Andrade, estará em São Luís para assinar a instrução normativa
federal que reconhecerá, oficialmente, o estado do Maranhão como zona
livre de febre aftosa com vacinação. A solenidade acontecerá no Parque
Independência, às 14h30, e contará com a presença da governadora Roseana
Sarney.
Com esse reconhecimento, o Maranhão se junta a um bloco
de sete estados nordestinos e o Norte do Pará, que conquistaram a
elevação da classificação sanitária em nível nacional, e pleitearão o
reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa com
vacinação, emitido pela Organização Mundial de Saúde Animal, que
decidirá pelo pleito durante Assembleia Ordinária anual, que acontecerá
no mês de maio de 2014, na França.
A conquista da zona livre de
febre aftosa é a realização de um sonho dos pecuaristas maranhenses e o
resultado de um intenso trabalho do Governo do Estado, por meio da
Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Sagrima), e seu
órgão vinculado, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão
(Aged), para cumprimento de todas as exigências federais e
internacionais para o novo status sanitário.
Para o secretário de
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cláudio Azevedo, a zona livre de
febre aftosa, também, é uma conquista pessoal, visto que desde 1992,
quando era presidente da Associação dos Criadores do Estado do Maranhão –
cargo que ocupou por 14 anos – luta pela viabilidade do reconhecimento
dessa classificação sanitária para o estado.
O Projeto de
Ampliação da Zona Livre de Febre Aftosa foi iniciado em fevereiro de
2011, durante evento que reuniu em Maceió os secretários de estado de
agricultura e diretores de agências agropecuárias dos estados do
Maranhão, Ceará, Piauí, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas,
Pernambuco e Pará e representantes do Ministério de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A partir daí os estados firmaram
um pacto para atender a uma série de exigências determinadas pelo Mapa
para que conquistassem o reconhecimento nacional de zona livre de febre
aftosa e pudessem pleitear junto à Organização Mundial de Saúde Animal o
reconhecimento internacional do novo status sanitário.
Durante
esse período, foram realizadas cinco campanhas de vacinação contra a
febre aftosa, e duas auditorias que mediram a eficiência, infraestrutura
e capilaridade dos serviços de atenção veterinária dos estados,
coordenados pelas agências de defesa agropecuária.
Nessas auditorias, o Maranhão se destacou cumprindo 89% dos requisitos na primeira avaliação e 100% na segunda.
A
última etapa para a nova classificação sanitária foi a realização do
inquérito epidemiológico, que teve como objetivo comprovar a não
circulação do vírus da febre aftosa nos estados concorrentes. Mais uma
vez, o Maranhão foi destaque, visto que foi o primeiro estado a concluir
a sorologia, ainda em dezembro de 2012.
Foram coletadas amostras
de sangue em cerca de 11 mil animais, de aproximadamente 400
propriedades. As coletas foram realizadas por técnicos da Aged treinados
por representantes do Ministério.
O reconhecimento internacional
será solicitado logo após a assinatura da portaria ministerial de
reconhecimento de zona livre de febre aftosa para a Região Nordeste e
Pará, no próximo mês de outubro.
Segundo o Mapa, o governo federal
investiu em 2011/2012 R$ 32.466.338,23 em convênios e R$ 2.385.195,74
em ações de execução direta nos estados da Região Nordeste e Pará.
Ações do Governo do Maranhão
Desde
2011 o Governo do Estado do Maranhão está tratando a conquista de zona
livre de febre aftosa com vacinação como prioridade. Entre as ações
desenvolvidas para tal estão:
- Aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários para fiscais agropecuários da Aged;
-
Celebração de convênio de R$ 6,5 milhões com o MAPA para renovação de
frota de veículos, informatização e reestruturação das 18 unidades
regionais da Aged;
- Doação de vacinas, juntamente com
parceiros – FAEMA, FUNDEPEC e Prefeituras – para criadores em áreas
quilombolas, indígenas e assentamentos rurais.
- Incremento na fiscalização de eventos agropecuários, vaquejadas, leilões, exposições, feiras;
- Incremento da fiscalização do transito de animais e produtos através de blitzen e barreiras volantes;
- Informatização do banco de dados de propriedades.