Uma rebelião na Casa
de Detenção do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA),
deixou mortos e feridos na noite de quarta-feira (9). Há divergência, no
entanto, quanto ao total de vítimas fatais.[leia mais]
De acordo com nota da
Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), divulgada
na manhã desta quinta (10), nove presos morreram. Já o secretário de
Segurança do Estado, Aluísio Mendes, informou também pela manhã que eram
10 mortos. No fim da noite passada, ele havia dito que o número de
vítimas era 13, mas depois admitiu ter ocorrido duplicidade na contagem
dos corpos.
Os nomes de cinco
mortos já foram divulgados pelo Instituto Médico Legal: Carlos Eduardo
Oliveira da Silva, Natanael de Souza do Espírito Santo, Daniel Fonseca
Rodrigues, Uvanir Duarte de Farias e Idenilson Gaspar Santos Viana. Um
sexto corpo deu entrada no IML vindo da Casa de Detenção, mas não foi
reconhecido até o momento.
Nos hospitais
municipais de São Luís — Djalma Marques, o Socorrão I, e Clementino
Moura, o Socorrão II — há outros três corpos de presos, segundo a
secretaria de administração penitenciária.
Feridos
De acordo com a Sejap,
20 detentos feridos foram encaminhados ao Socorrão I. Desse total, 13
continuam internados: Nilson Gonçalves Cunha, Leonilson Costa Pereira,
Iane dos Santos Lima, Cleiton Rogério Pinto Almeida, Raimundo Nonato
Mendonça, Arthur Portela de Carvalho, Emivaldo Conceição as Silva, Rener
Pereira da Silva, Roger Fernandes, Charles da Cruz Silva, Wellington
Vera Silva, Alessandro Neres e Flávio Aurélio Pinheiro.
Briga de facções e túnel para fuga
Segundo o secretário Aluísio Mendes, a confusão foi motivada por uma briga entre facções criminosas e pela descoberta de um túnel no Bloco F do Pavilhão 2. Segundo ele, cerca de 60 presos pretendiam sair da penitenciária através do buraco.
"As mortes todas são
em decorrência de brigas entre detentos de facções adversárias. O
tumulto começou após a inteligência da SSP ter descoberto que 60 presos
estavam cavando um túnel pelo qual pretendiam sair essa madrugada (de
quinta, 10). Quando agentes penitenciários tentaram acessar a cela onde
ficava o início do túnel, os presos se rebelaram tentando evitar a
revista", explicou o secretário.
Familiares foram até a Casa de Detenção em busca de informações dos presos no início da noite de quarta. O cabo Campos, da Polícia Militar, que estava no local, disse que houve um forte incêndio dentro do presídio, que foi apagado por volta das 23h30. Além disso, ele falou que o movimento de familiares era muito intenso e que houve princípio de confronto. Pedras e outros objetos teriam sido arremessados contra agentes penitenciários.
Outras mortes em outubro
No dia 1º de outubro, a transferência de 18 presos que estavam na Centro de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) do Anil para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas provocou a morte de três presos. Um deles foi decapitado.
Na ocasião, dois
presos foram levados para o Hospital Socorrão II com ferimentos, e um
agente penitenciário também foi hospitalizado, após ser atingido com uma
pedra na cabeça.
Fonte: Blog do Neto Ferreira
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