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        de 
        janeiro 
        de 
        2014    |    às
        8:28 pm    |    Postado por:
        Leandro Miranda    |    
        
 A
 onda de violência em São Luís, que culminou com os ataques a quatro 
ônibus na última sexta-feira, deixará a população sem transporte entre 
as 18h e as 5h. A decisão foi tomada pelo Sindicato dos Trabalhadores do
 Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão, em reunião ocorrida neste 
sábado.
A
 onda de violência em São Luís, que culminou com os ataques a quatro 
ônibus na última sexta-feira, deixará a população sem transporte entre 
as 18h e as 5h. A decisão foi tomada pelo Sindicato dos Trabalhadores do
 Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão, em reunião ocorrida neste 
sábado.
Os ataques aos ônibus que foram incendiados deixaram uma criança de seis anos em estado gravíssimo, com 90% do corpo queimado.
A crise é reflexo do caos penitenciário 
no Maranhão. No presídio de Pedrinhas, dois detentos foram assassinados 
em 2014 e 60 foram mortos no ano passado – alguns chegaram a ser 
decapitados. Do presídio, os detentos ordenaram assaltos, saques 
estupros e os ataque aos ônibus.
Diante da crise, o procurador-geral da 
República, Rodrigo Janot, deu prazo até segunda-feira para que a 
governadora Roseana Sarney apresente medidas concretas para conter a 
violência.
Leia, abaixo, reportagem da Agência Brasil a respeito:
Governadora tem até segunda para explicar violência nos presídios do Maranhão
Thais Araujo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A 
governadora do Maranhão, Roseana Sarney, tem até segunda-feira (6) para 
prestar informações ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, 
sobre as providências tomadas para evitar novas mortes no Complexo 
Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.
Este ano, dois detentos morreram no 
interior do presídio. Um deles foi encontrado morto em uma cela de 
triagem com sinais estrangulamento e o outro foi vítima de golpes de uma
 arma artesanal com ponta de ferro aguda, semelhante a uma 
lança (chuço), durante briga de integrantes de uma facção criminosa.
No ano passado, 60 pessoas morreram no 
interior do presídio, segundo relatório do Conselho Nacional de Justiça 
(CNJ). O documento foi produzido com base em inspeções no sistema 
prisional do Maranhão, em parceria com o Conselho Nacional do Ministério
 Público (CNMP), presidido por Janot. O pedido de informações foi 
encaminhado pelo procurador-geral no dia 19 de dezembro, após a morte de
 cinco presos – três deles decapitados – em uma briga entre facções no 
Centro de Detenção Provisória de Pedrinhas.
As respostas da governadora poderão 
subsidiar um eventual pedido de intervenção federal no estado devido à 
situação dos presídios. O possível pedido também levará em conta o 
relatório do CNJ, que destaca a necessidade de se intensificar a 
cobrança, para que as autoridades maranhenses cumpram as recomendações 
feitas pelo próprio Conselho, pelo CNMP e pela Comissão Interamericana 
de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Em dezembro, também em razão das mortes 
provocadas por brigas entre facções rivais em Pedrinhas, a OEA pediu ao 
governo brasileiro a redução imediata da superlotação das penitenciárias
 maranhenses e a investigação dos homicídios ocorridos.
Na noite de ontem (3), foram registrados
 quatro atos de vandalismo envolvendo incêndio a ônibus em São Luís. Na 
avaliação das autoridades, os ataques foram em reação às medidas 
adotadas para combater a criminalidade nas unidades prisionais da 
capital, que receberam  reforço da Polícia Militar no fim de dezembro. O
 governo maranhense informou que identificou os mandantes e os 
executores dos atos.
Em nota divulgada em seu site, o governo
 reafirma que “não compactua com atos de violência e que continua agindo
 em conjunto com todos os setores e órgãos que atuam na defesa dos 
direitos humanos e daqueles que promovem a garantia da justiça e 
segurança”, e informa que a Polícia Militar está adotando providências 
complementares nas unidades prisionais de São Luís, entre elas “a 
ampliação da vigilância com videomonitoramento, a intensificação das 
revistas nas celas e o aumento da fiscalização interna com o Batalhão de
 Choque e da fiscalização externa com rondas”.
 






 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
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